domingo, 2 de outubro de 2016

Como classificar os voluntários de uma pesquisa de campo e como testar suas respostas?

   Bom dia! A forma ideal de classificar os participantes de uma pesquisa de campo, assim como os meios para testar suas respostas são o assunto do artigo de hoje, tema de um artigo publicado aqui em 05 de junho de 2016, intitulado: “Como classificar ou qualificar os participantes de uma pesquisa de campo?” cujo link é: [http://www.abntouvancouver.com.br/2016/06/como-classificar-ou-qualificar-os.html]. Hoje vamos voltar a escrever sobre ambos, em atenção às dúvidas da Repagani. Vamos lá. ...

   A situação que gerou os questionamentos recebidos foram:

Eu gostaria de saber como classificar o tipo de amostra nas seguintes situações: 
1. Em uma universidade, do total de alunos (em torno de 13.000) apenas 2002 alunos participaram de uma certa atividade. Foram enviados questionários para todos os 2002 alunos, e 322 retornaram a pesquisa; 
2. Em uma universidade, do total de alunos (em torno de 5000) apenas uma quantidade não conhecida de alunos participaram de uma certa atividade. Foram enviados questionários para todos os 5000 alunos, e 90 retornaram a pesquisa. 


   A primeira pergunta foi: Como classificar as amostras?
   Classificar determinada amostra populacional que venha a participar de uma pesquisa de campo significa definir o perfil desses participantes, em quesitos que sejam do interesse do assunto pesquisado.
  Esse perfil pode compreender: idade, sexo, localização geográfica, a que grupo pertence (no caso, são universitários, portanto, deve existir um motivo específico para a sua participação) ou de especificidades inerentes à escolha da população estudada, isto é, o motivo desse grupo de pessoas ter sido escolhido para participar da atividade em questão, que também precisa ser explicitada.
  Como não temos aqui a definição desse perfil, este artigo será desenvolvido de uma forma mais genérica.
  Acredito que os dados mencionados em ambas as situações n. 1 e 2 devam ser mencionados inicialmente na descrição da amostra da pesquisa, exatamente como no enunciado desta situação.
  Feito isto, você (aluna/pesquisadora) deverá focar apenas nos 322 respondentes (situação 1) e ainda, somente os 90 respondentes (situação 2).
   Note que, ao descrever de forma ampla os voluntários pertencentes às duas situações, todos os alunos (que responderam aos questionários ou não) já estarão objetivamente identificados. Seria interessante sugerir os possíveis motivos para a não participação nas atividades (a identificar também) de um número tão grande de indivíduos.
   Um segundo aspecto a ser considerado refere-se à importância sobre a forma como os questionários foram enviados.
   Uma vez que existem, atualmente, programas e ferramentas eletrônicas que permitem a realização de pesquisas com aplicação online, que permitem tanto a criação de questionários como a obtenção de dados, é fundamental que esta informação conste das explicações sobre os meios de obtenção das respostas dos voluntários.
  Assim, ficará evidente que grande parte das pesquisas de campo que não realizadas por meio de entrevistas presenciais, em duas diferentes modalidades, as quais já foram tema de uma série de artigos publicados neste blog, podem ser realizadas a partir dos meios eletrônicos.
  Cabe destacar que entre as vantagens de roteiros e pesquisas realizadas através dos meios eletrônicos, estão a garantia do sigilo quanto à identidade do respondente, o que, possivelmente, permitirá respostas mais objetivas e sinceras, além da facilidade desse participante em responder ao questionário no momento em que lhe for mais conveniente (BARROSO, 2012).
  Como desvantagem deste método, está a dificuldade em obter a adesão de um número maior de participantes, como foi o caso das situações 1 e 2, foram elas: de 2.002 questionários, apenas 322 retornaram (situação 1) ou de 5.000 questionários, apenas 90 retornaram (situação 2). 

   A segunda pergunta foi: Quais tipos de ferramentas devo usar para saber a confiabilidade?
     Entre as infinitas possibilidades oferecidas pela internet, desde o seu surgimento, eu indico a leitura de Silva(2012), que sugere o uso de ferramentas como o PHPSurveyor e o Surveymonkey, enquanto Freitas, Janissek-Muniz e Moscarola (2004) referem o Sphinx®.
  
    A terceira pergunta foi: Devo fazer o teste de confiabilidade para os dois casos? 
   Acredito que seja uma questão de critério, mas penso que seria muito interessante, e que iria valorizar muito a sua pesquisa de campo e o seu texto acadêmico, como um todo, se você testasse a confiabilidade de ambos os grupos. 

   Ensejando ter respondido à altura dos seus questionamentos, desejo a você, Repagani (e aos outros visitantes deste blog) boa sorte nos resultados de sua(s) monografia(s)!! 
    Bom domingo! 
Regina Del Buono
abntouvancouver@gmail.com 

REFERÊNCIAS 
BARROSO, André Luis Ruggiero – Instrumentos de pesquisa científica qualitativa: vantagens, limitações, fidedignidade e confiabilidade – Revista Digital EFDeportes, Buenos Aires, ano 17, n. 172, setembro 2012. Disponível em: [http://www.efdeportes.com/efd172/instrumentos-de-pesquisa-cientifica-qualitativa.htm]; acesso em 03 jan 2016. 

FREITAS, Henrique; JANISSEK-MUNIZ, Raquel; MOSCAROLA, Jean. Uso da Internet no processo de pesquisa e análise de dados. Artigo publicado pela Associação Nacional de Empresas de Pesquisa, 2004. [http://www.ufrgs.br/gianti/files/artigos/2004/2004_147_ANEP.pdf]; acesso em 13 fev 2016. 

SILVA, Rosana Kelly Pedro. Método de Pesquisa Survey. Publicado em 02 de outubro de 2012. Disponível em: [http://www.partes.com.br/2013/12/09/metodo-de-pesquisa-survey/#.V-0it-9rjZ4]; acesso em 06 jan 2016.   

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