“(...) O prazer de ler, todo mundo compreende.
O que ninguém nunca soube explicar é de que forma isso acontece na cabeça da gente.
Com a participação de pesquisadores brasileiros, a Ciência conseguiu, pela primeira vez, fazer o mapa da leitura no cérebro humano.
Para cada sentido, para cada função, o cérebro reservou uma área.
A região da audição, por exemplo, é acima da orelha. A da visão, atrás da cabeça. ...
Mas, para a leitura, o cérebro ainda não teve tempo de desenvolver uma região específica. ‘A escrita tem cinco mil anos.
Considerando o desenvolvimento da espécie humana, é muito recente’,
declarou a neurocientista do Hospital Sarah, Lúcia Braga.
Neurocientistas do Hospital Sarah, de Brasília, e do centro Neurospin, de Paris, descobriram que o cérebro junta as regiões da linguagem e da visão para proporcionar a leitura.
‘Esta é a região que muda no momento da leitura’.
O neurocientista francês Stanislas Dehaene não hesita:
é o lado esquerdo do cérebro que é ativado quando lemos, precisamente atrás da orelha.
A descoberta foi feita submetendo a estímulos visuais dois grupos de pessoas examinadas pela máquina de ressonância magnética: alfabetizados e analfabetos.
‘As pessoas alfabetizadas, ao lerem, ativam esse circuito.
E as pessoas analfabetas, ao serem expostas a letras, não ativam esse circuito’,
resumiu Lúcia Braga. [...]".
Fernanda Maria Pereira Freire
Disléxicos, não disléxicos e sem dificuldade: o que é normal no processo de aquisição da escrita?
Artigo publicado nos Anais do Núcleo de Informática Aplicada à Educação (NIED) da UNICAMP. 2009, p.1474-1484. Disponível em:
[http://www.leffa.pro.br/tela4/Textos/Textos/Anais/ABRALIN_2009/PDF/Fernanda%20Maria%20Pereira%20Freire%20-%20ok.pdf]; acesso em 13 de março de 2016.
[http://www.leffa.pro.br/tela4/Textos/Textos/Anais/ABRALIN_2009/PDF/Fernanda%20Maria%20Pereira%20Freire%20-%20ok.pdf]; acesso em 13 de março de 2016.
0 comentários:
Postar um comentário