No presente, são tão modernas as diferentes formações familiares que conhecemos, existem aquelas em que o pai cria e cuida sozinho dos filhos, ou a mãe,
Porém, quando se trata de criar uma pessoa, acredito que essas famílias diferentes tenham claro que o importante é cuidar, dar exemplo, falar firme ou falar manso, tomar uma atitude no momento certo (ou não fazer nada, porque é melhor deixar aprender sozinho)...
Acredito que esse seja o verdadeiro sentido da figura do pai (mãe),
porque é o sentido de uma família...
Cuidar, ensinar, proteger, ser presente, falar ou calar, mas, acima de tudo, viver e conviver.
Quando eu nasci, o pai era aquela figura que gerava o filho e que o sustentava, enquanto que o cuidar e o educar eram tarefas exclusivas das mães.
Ao longo do tempo, fui observando que, na verdade, ser pai (ou ser mãe), representam papeis profundamente inestimáveis na vida de cada um de nós.
Hoje em dia, muitos pais e mães fazem de suas crias a figura central da família, desfigurando assim o verdadeiro papel que cada um tem nesse contexto íntimo, e por isso, é preciso refletirmos bem, quando o assunto é ter filhos.
Filhos cujo pai (mãe) que se preocupa e cuida, mas não conversa muito, sentem-se prejudicados...
Já outros, cujo pai (mãe) não age desta forma, precisam esforçar-se para amadurecer, compreender o mundo, encontrar seus objetivos e realizar as suas conquistas.
Aos pais, cabe dizer não sempre que preciso, ou deixar que o filho enfrente as realidades de sua existência. Isso é crescimento.
Meu pai foi do tipo que me gerou e me sustentou, mas era um tempo em que o(s) filho(s) não tinha(m) o papel central que hoje ele(s) tem dentro de uma família.
Porém, no presente, muitos pais (mães) protegem demais aos seus filhos, presenteando-os excessivamente, deixando de punir ou corrigir, eximindo-os de qualquer responsabilidade, por atribuir-lhes apenas direitos, mas não deveres.
O problema é que não percebem que estão impedindo seus filhos de entenderem o verdadeiro sentido da vida, de criarem responsabilidade sobre si mesmos, afinal, os pais não são eternos.
Eu, que infelizmente perdi o meu pai quando eu tinha apenas 19 anos, tive, naquele momento, a sensação de que o chão se abriria bem debaixo dos meus pés, mas a vida me ensinou que ela tem um curso próprio, e que dali em diante, era entre ela e eu...
Com os anos, eu também perdi a minha mãe, e, bem recentemente, uma das minhas irmãs, aquela que era como a minha segunda mãe.
Toda a minha vida, mas especialmente essas perdas profundas e dolorosas, ensinaram-me o verdadeiro significado do que é, de fato, ser pai (mãe, irmã, tia, ...):
é ser uno, ser e estar presente, falando e agindo, ou não fazendo disto, para que o filho aprenda a lição que se impõe naquele momento.
Ser pai (mãe, irmã, tia...) é dar o exemplo, ir à festa da escola, ler um trecho do livro prá explicar o que a professora está pedindo,
é dar a bronca na hora, comemorar as vitórias, incentivar nas decepções, exigir horário na partida, mas desejar que se divirta muito,
tomando cuidado e que volte em breve, são e salvo.
Ser pai (mãe, irmã, tia...) é ficar até tarde trabalhando, esperando a hora de ir buscar na faculdade e trazer prá casa em segurança, por apenas mais um dia.
É ligar prá saber se está tudo bem, e insistir se o celular não atender,
essas coisas que só faz mesmo aquele que se importa.
Coisas de pai.
Só que os filhos, ah, os filhos, precisam saber ler tudo isso, nas entrelinhas da vida.
Eu aprendi desde cedo que o melhor presente que recebi de meu pai (e de minha mãe, claro) foi a minha vida.
Aprendi que ser pai (ou ser mãe) é tão importante quanto difícil.
Muito além disso, aprendi que ser pai ou ser mãe é quase a mesma coisa,
porque na verdade, são papeis que se complementam.
E os meus, fizeram isso a seu modo, como todos fazemos.
E os meus, fizeram isso a seu modo, como todos fazemos.
Nem sempre foi fácil com o meu pai, mas aprendi, até pela partida, que preciso me esforçar sempre e procurar ser uma pessoa melhor,
prá que ele possa se orgulhar de mim, esteja onde estiver, e fazer valer todos os sacrifícios que eles fez por mim.
Este é o meu presente diário prá ele (e prá elas também!).
Hoje, domingo dos Pais, que você se reúna com o seu, levando ou não um presente prá ele, mas que leve a sua presença, seu abraço, seu sorriso, que conversem muito, riam,ouçam e falem um com o outro, e aproveitem a existência, cada um a do outro.
Eu desejo que todos nós, pais, mães, filhos, irmãos, tias, avós,
tenhamos sempre em mente o verdadeiro significado do que é ser pai:
dar a vida, ser a vida.
Felicidades prá você!
0 comentários:
Postar um comentário