sábado, 11 de abril de 2020

A Educação Científica no Brasil... onde estamos? Capes, CNPq, SBPC, Covid 19

   Bom dia! A vida moderna e tão confortável que conquistamos ao longo da existência humana não se deu ao acaso. Desde o momento em que o homem das cavernas conseguiu produzir o fogo, a evolução que conquistamos chegou a um certo “ápice”, diante das tecnologias científicas desenvolvidas por mentes brilhantes, por suas pesquisas e experimentos incansáveis, as quais nos permitem, no momento da pandemia mundial pelo novo coronavírus - o Covid 19-, que façamos o isolamento social, e ainda assim, mantenhamos contato com pessoas de diferentes localidades, utilizando-nos da internet, de nossos celulares e de tantas outras ferramentas disponíveis atualmente, às quais nos acostumamos tanto, e sem as quais, acreditamos nunca mais sobreviver. ...




   Mas, até que ponto o Brasil está fazendo parte desse jogo tão importante, ou melhor perguntando, estamos no jogo? Até quando?
   Inúmeras são as ações governamentais brasileiras, e não importa o grupo político que esteja no comando, que demonstram um "total desprezo" pelo Ensino e pela Educação da população. 
   Tomemos hoje apenas dois exemplos, são duas reportagens publicadas recentemente, a primeira trazendo a fala da pesquisadora Helena Nader:
“O panorama da ciência no Brasil é “assustador, ameaçador e pode se tornar irreversível”, afirma a biomédica e pesquisadora Helena Nader, que recebe nesta terça-feira (11), Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência, o prêmio “Carolina Bori Ciência & Mulher”, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).Aos 72 anos, ela é uma “ferrenha” defensora da ciência e da educação brasileiras. Nader vivenciou, ao longo de décadas, as melhorias e investimentos que foram feitos na área, mas que, no último ano, passa pela escassez de recursos e corte de bolsas de pesquisa.” 
   Por sua vez, foram pesquisadoras brasileiras que conseguiram, em tempo recorde, o sequenciamento do genoma do novo coronavírus – Covid 19, como explica a pesquisadora Ester Sabino:
“Uma sequência só não revela muita coisa, mas a importância é mostrar que rapidamente somos capazes de fazer e colocar isso à disposição de outros cientistas do mundo. Quanto mais genomas tivermos, mais podemos entender como a epidemia vai evoluindo no mundo. Por isso precisamos ter isso muito rapidamente”, explicou ao jornal O Estado de S. Paulo a pesquisadora Ester Sabino, do Instituto de Medicina Tropical.
Em média, no resto do mundo, os grupos de pesquisa estão levando cerca de 15 dias para conseguir fazer o sequenciamento. O projeto brasileiro foi lançado justamente com o objetivo de agilizar esse processo, para ajudar a fornecer informações com mais rapidez.
“Temos trabalhado para desenvolver uma tecnologia rápida e barata. Todos os casos que forem confirmados no Adolfo Lutz serão sequenciados. A ideia é fornecer informações que possam ser usada para entender a epidemia em curso, para que outros cientistas possam comparar os dados. Essa cadeia de informação de todo mundo junto é importante para o mundo poder responder à epidemia”, diz. 
   Então, eu deixo aqui a minha pergunta de indignação: até quando a politica e o capitalismo desleais irão prevalecer sobre a vida digna de um povo, de pessoas tão criativas e inteligentes como são os brasileiros, permitindo que continuemos a depender das tecnologias desenvolvidas por outros países, ou pelas mentes gabaritadas de nossos cientistas, que saíram daqui para poderem ajudar nos avanços científicos mundo a fora?

Regina Del Buono
email: abntouvancouver@gmail.com
Skype: abntouvancouver2012

REFERÊNCIAS

OLIVEIRA, Elida. “Panorama da ciência no Brasil é 'assustador, ameaçador e pode se tornar irreversível', diz cientista”. Matéria publicada em 11/02/2020, disponível em: [https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2020/02/11/panorama-da-ciencia-no-brasil-e-assustador-ameacador-e-pode-se-tornar-irreversivel-diz-cientista.ghtml]; acesso em 03 março 2020.

ESTADÃO CONTEÚDO. Cientistas da USP sequenciam genoma do coronavírus dois dias após 1º. Caso. Matéria publicada em 28 fev 2020. Disponível em: [https://exame.abril.com.br/ciencia/cientistas-da-usp-sequenciam-genoma-do-coronavirus-dois-dias-apos-1o-caso/]; acesso em 03 março 2020.

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