Bom dia! Ao elaborar um texto de cunho científico, os (as) alunos(as) universitários(as) devem ter uma preocupação especial no que se refere à busca pelo material bibliográfico que irá compor a fundamentação teórica de seu texto, seja monografia de graduação ou pós-graduação, dissertação de mestrado ou tese de doutorado. Esse cuidado se refere à qualidade das fontes selecionadas – isto é – que sejam fontes consideradas “fidedignas” pela academia. Este é um artigo técnico, mas também é um artigo de opinião, em resposta à pergunta recebida da Claudinha, a saber:
Equivale a dizer que todo texto científico – incluídos aqui os textos acadêmicos exigidos ao final de cada curso universitário, deverão embasar-se em “fontes fidedignas”, termo que, segundo o dicionário Houaiss (2015, p.453), significa “fidedigno é digno de fé, confiança, verdadeiro”; ou seja, fidedigno é sinônimo de autêntico, genuíno, real, verdadeiro, verídico” (DICIO, 2009).
Importante destacar que eu não estou dizendo que os conteúdos que encontramos nos milhares de blogs existentes não sejam confiáveis ou que tais conteúdos sejam inverídicos, pois estou apenas esclarecendo que os blogs e sites não reconhecidos pelo Ensino Superior não são considerados “fidedignos”, apenas isto. Até mesmo sites /ponto com ponto br/ costumam ser questionados/rejeitados.
A grande questão consiste no fato de que, do ponto de vista científico, somente obras/autores especializados no assunto pesquisado, e reconhecidos pela comunidade científica é que são aceitos, e ainda assim, alguns orientadores(as) fazem restrições a este ou aquele conteúdo, dependendo de onde tenha sido obtido.
De acordo com Silva (2005, p.2),
Por sua vez, Jimenez-Aleixandre (2006, p.3 apud SILVA e LIRA-DA-SILVA, 2017, p. 4684) defende que: “o conhecimento científico é diferente de outros domínios, entre outros aspectos, porque enunciados, conclusões, hipóteses ou teorias não constituem meras opiniões, mas devem estar sustentadas em provas, dados empíricos ou respaldo de natureza teórica”.
Eu diria ainda que nada impede que o(a) universitário(a) pergunte a(o) seu (sua) orientador(a) sobre esta ou aquela fonte, mas, na maioria das vezes, dados e informações obtidas em blogs, assim como em reportagens jornalísticas – impressas, eletrônicas e/ou televisivas, também costumam ser rejeitadas no ambiente acadêmico, uma vez que somente as produções reconhecidas pela comunidade científica podem/devem ser utilizadas ao longo das produções dos textos acadêmicos, em geral.
Cabe destacar que, em tempos do novo coronavírus – Covid 19, assunto recorrente no presente momento, temos recebido informações em tempo real, que chegam a todos nós - exclusivamente - pela grande mídia, as quais têm sido utilizadas por quem aborde o tema, como eu tenho feito neste espaço, por exemplo.
Assim, posso utilizar-me de tais fontes, já que as vivências/experimentos médicos e hospitalares atuais, assim como os achados científicos anteriores e atuais, relacionados aos tratamentos de outros tipos de coronavírus, as medicações e evolução do estado dos pacientes serão alvo de publicações científicas futuras.
O importante, neste caso, é que sempre exista o cuidado em selecionar criteriosamente quais seriam as fontes a utilizar, de preferência as científicas e governamentais, e ainda, que a regra mais importante na escrita de textos científicos seja respeitada, que é – justamente - a menção às fontes consultadas. Quando mencionamos a fonte de onde obtivemos determinada informação, estamos reforçando a argumentação de um texto.
Eu espero ter colaborado com estas explicações, e fico às ordens, para novos questionamentos e futuras revisões.
Bons estudos!
Boa tarde, estou desenvolvendo minha tese de mestrado, e as normas exigidas são da APA, vc saberia me dizer se posso usar seu trabalho para referenciar a coleta de dados? , por Claudinha.Bem, de início, eu diria que seria uma honra ter as minhas explicações/ensinamentos, constando da lista de referências de sua dissertação de mestrado, já que meus artigos publicados neste blog, ao qual me dedico há 8 anos, são fruto de muita pesquisa, análise e elaboração de conteúdos que somem novas explicações/esclarecimentos aos meus visitantes - mas o fato é que, normalmente, blogs e sites não científicos costumam ser rejeitados pelas diferentes universidades/cursos. ...
Equivale a dizer que todo texto científico – incluídos aqui os textos acadêmicos exigidos ao final de cada curso universitário, deverão embasar-se em “fontes fidedignas”, termo que, segundo o dicionário Houaiss (2015, p.453), significa “fidedigno é digno de fé, confiança, verdadeiro”; ou seja, fidedigno é sinônimo de autêntico, genuíno, real, verdadeiro, verídico” (DICIO, 2009).
Importante destacar que eu não estou dizendo que os conteúdos que encontramos nos milhares de blogs existentes não sejam confiáveis ou que tais conteúdos sejam inverídicos, pois estou apenas esclarecendo que os blogs e sites não reconhecidos pelo Ensino Superior não são considerados “fidedignos”, apenas isto. Até mesmo sites /ponto com ponto br/ costumam ser questionados/rejeitados.
A grande questão consiste no fato de que, do ponto de vista científico, somente obras/autores especializados no assunto pesquisado, e reconhecidos pela comunidade científica é que são aceitos, e ainda assim, alguns orientadores(as) fazem restrições a este ou aquele conteúdo, dependendo de onde tenha sido obtido.
De acordo com Silva (2005, p.2),
A ciência é um processo lógico de investigação para a solução de problemas e a busca de respostas a questões referentes a fenômenos naturais. Por meio do método científico, os cientistas tentam a geração de um corpo de conhecimento livre de crenças, percepções, valores, atitudes e emoções pessoais. Isso é logrado pela verificação empírica de ideias e crenças por procedimento aberto à inspeção pública. A confiabilidade do conhecimento científico deriva de sua base em evidência provida por observação objetiva.Para melhor fundamentar estas explicações, pode-se mencionar que, em se tratando de pesquisa científica, "toda a investigação científica é uma actividade humana de grande responsabilidade ética pelas características que lhe são inerentes", como explica Martins (2008 apud NUNES, 2013, p. 5)”.
Por sua vez, Jimenez-Aleixandre (2006, p.3 apud SILVA e LIRA-DA-SILVA, 2017, p. 4684) defende que: “o conhecimento científico é diferente de outros domínios, entre outros aspectos, porque enunciados, conclusões, hipóteses ou teorias não constituem meras opiniões, mas devem estar sustentadas em provas, dados empíricos ou respaldo de natureza teórica”.
Eu diria ainda que nada impede que o(a) universitário(a) pergunte a(o) seu (sua) orientador(a) sobre esta ou aquela fonte, mas, na maioria das vezes, dados e informações obtidas em blogs, assim como em reportagens jornalísticas – impressas, eletrônicas e/ou televisivas, também costumam ser rejeitadas no ambiente acadêmico, uma vez que somente as produções reconhecidas pela comunidade científica podem/devem ser utilizadas ao longo das produções dos textos acadêmicos, em geral.
Cabe destacar que, em tempos do novo coronavírus – Covid 19, assunto recorrente no presente momento, temos recebido informações em tempo real, que chegam a todos nós - exclusivamente - pela grande mídia, as quais têm sido utilizadas por quem aborde o tema, como eu tenho feito neste espaço, por exemplo.
Assim, posso utilizar-me de tais fontes, já que as vivências/experimentos médicos e hospitalares atuais, assim como os achados científicos anteriores e atuais, relacionados aos tratamentos de outros tipos de coronavírus, as medicações e evolução do estado dos pacientes serão alvo de publicações científicas futuras.
O importante, neste caso, é que sempre exista o cuidado em selecionar criteriosamente quais seriam as fontes a utilizar, de preferência as científicas e governamentais, e ainda, que a regra mais importante na escrita de textos científicos seja respeitada, que é – justamente - a menção às fontes consultadas. Quando mencionamos a fonte de onde obtivemos determinada informação, estamos reforçando a argumentação de um texto.
Eu espero ter colaborado com estas explicações, e fico às ordens, para novos questionamentos e futuras revisões.
Bons estudos!
Regina Del Buono
Email: abntouvancouver@gmail.com
Skype: abntouvancouver2012
REFERÊNCIAS
FIDEDIGNO. Significado. 2009. Disponível em: [https://www.dicio.com.br/fidedigno/]; acesso em 25 abr 2020.
INSTITUTO ANTONIO HOUAISS DE LEXICOGRAFIA. Pequeno dicionário Houaiss da língua portuguesa. 1.ed., São Paulo: Moderna, 2015.
MARTINS, LCA (2008). Investigação em Enfermagem: alguns apontamentos sobre a dimensão ética. [In]: Referência, vol. 12, n. 2, p. 62-66.
NUNES, Lucília. Considerações Éticas a atender nos trabalhos de investigação académica de enfermagem. IPS Edição: Departamento de Enfermagem ESS|IPS Campus do IPS, Estefanilha 2914-503 Setúbal | Portugal www.ess.ips.pt ISBN: 978-989-98206-1-6 Data: Julho 2013. Disponível em: [http://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/4547/1/consid%20eticas%20na%20investig%20academica%20em%20enfermagem.pdf]; acesso em 25 abr 2020.
SENA, Alexandre; PIRES, Erik André de Nazaré. Qualidade da informação: uma breve abordagem sobre a contribuição do periódico científico para ciência. Múltiplos olhares em Ciência da Informação, v.2, n.1., 2012. Disponível em: [https://periodicos.ufmg.br/index.php/moci/article/view/16938/13700]; acesso em: 25-04-2020.
SILVA, João Gilberto da Silva. Ciência e método científico. Boletim Técnico n. 6. Instituto de Física e matemática. Universidade Federal de Pelotas. Pelotas, 2005.
SILVA, Miríades Augusto da; LIRA-DA-SILVA, Rejâne Maria. Melhoria da qualidade da argumentação de bolsistas de iniciação científica-jr através de programa de vocação científica na Bahia-Brasil. X Congreso Internacional Sobre Investigación En Didáctica De Las Ciencias Sevilla 5-8 de septiembre de 2017 ISSN (DIGITAL): 2174-6486. Disponível em: [https://ddd.uab.cat/pub/edlc/edlc_a2017nEXTRA/108_-_Melhoria_da_qualidade_da_Argumentacao_de_bolsistas_de_Iniciacao_Cientifica-Jr_atraves_de_programa_de.pdf]; acesso em 25 abr 2020.
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